NA TENSÃO PRÉ-ELEITORAL, HÁ SOLDADOS QUERENDO MARCHAR NA SOMBRA


A guerra de nervos começou. O clima de tensão pré-eleitoral já é sentido por quem milita na área política. Seja por vínculo direto com as suas personagens ou instituições ou pelo acompanhamento do desenrolar dos fatos, como é o nosso caso. Assim sendo, a quantidade de informações que chegam ao nosso conhecimento, no que se refere ao pleito de outubro próximo, são múltiplas, ao ponto de ser impossível dar credibilidade a qualquer uma delas.

Tais informações dão conta de que candidaturas ao governo do Estado do RJ, ao Senado, à Câmara dos Deputados e à Assembléia Legislativa do Rio podem não serem concretizadas em seu período próprio, ou seja, entre 10 e 30 de junho, data em que, legalmente, os partidos políticos realizam suas convenções e definem suas candidaturas

Muitas das personagens às quais nos referimos participam de um espetáculo em que pouco sabem sobre o seu papel, sua relevância, significância e por que não indagar até mesmo se eles entrarão, de fato, em cena. Caso de muitos que afirmam serem candidatos sem saber, ao certo, a que serão, se é que serão.

Será que é tão difícil para alguns políticos dimensionar uma eleição para o governo do Estado do Rio de Janeiro? Também indago se alguns são tão inocentes ao ponto de não perceberem que política se faz considerando o presente e não as perspectivas eventualmente vislumbradas no passado.

Alguns políticos de Campos e do Norte Fluminense, que escolheram caminhar com o Deputado Federal Garotinho, do PR, têm demonstrado “gigantesca” pequenez de compreensão sobre o que vem a ser, de fato, um grande pleito. Talvez por estarem acostumados a disputar eleição sem fazer muito esforço, caminhando pela sombra, enquanto a maioria - até mesmo os apadrinhados das demais forças políticas do estado, construíram sua história na política andando no sol.
  
Se eles tivessem feito política sob o sol quente da realidade eleitoral, ao invés de terem feito na sombra alheia, não precisariam de aval, apoio ou qualquer outra sinalização positiva de Garotinho para irem à luta. No entanto, suas expectativas e ansiedades não são compatíveis com os ideais de soldados dispostos a matar ou morrer em nome de um projeto político maior. Pelo contrário. Demonstram tão somente egoísmo, na medida em que cobram por  definições de um líder com preocupações muito maiores do que dar respostas sobre quem de Campos concorrerá a deputado federal ou estadual.
  
Enquanto os políticos aos quais me refiro – certamente àqueles que vestirão a carapuça deste texto após sua leitura – estão aflitos, descontentes, resmungando pelos corredores, certamente Garotinho está articulando alianças, traçando estratégias, estudando possibilidades e se municiando contra os seus adversários, cuja artilharia pesada já está arregimentada para as primeiras batalhas judiciais.
  
Questiono: até que ponto essas pessoas estão comprometidas com o projeto político de Garotinho? Será que eles realmente estão engajados nos projetos e programas do grupo político, ou nele estão para meramente obter êxitos e proveitos eleitorais em suas carreiras políticas?
  
Termino afirmando que o texto se refere a uma análise de estado de comportamento. Quem interpretar como defesa política de minha parte ao Garotinho cometerá erro. Como também errará se concluir que se trata de compromisso político meu com o mesmo.

*Escrito pelo jornalista André Freitas em seu blog (AQUI)
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Um comentário:

  1. Soldado marchando na sombra é o que mais tem nesse grupo nos últimos tempos

    Só Garotinho pra fazer um limpa e botar essa gente pra trabalhar

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