REJEIÇÃO??? POR QUE O POVO AMA O GAROTINHO!?



Campista: nem fiado, nem à vista. Essa era a principal maneira de se referir à cidade de Campos 40 anos atrás. Só se associava Campos a coisas boas quando o assunto era chuvisco, goiabada ou melado. Uma cidade cujas raízes das classes dominantes se estabeleceram em terra fértil de preconceitos sociais e exploração da mão-de-obra. Uma cidade onde um pequeno grupo de ricos explorava a massa pobre, ávida por uma liderança capaz de conduzi-la e orientá-la à liberdade.

Liberdade esta que os pobres, sofridos, duvidavam ser-lhes possível. Liberdade esta que alguém precisava lhes apresentar a ela, tal como fez Moisés com o povo hebreu escravizado pelos egípcios.

Assim foi que surgiu Anthony Garotinho. Defendendo essa gente pobre, humilde, trabalhadora, honesta, que mesmo diante das mais aviltantes injustiças, ao fim de cada dia, agradecia a Deus pelo pão que meava com a família. Garotinho foi a voz que falou alto em Campos contra os opressores. Foi a voz que tentaram, a todo custo, calar. No rádio, ele representava a esperança. Era o companheiro fiel das donas de casa. E o irmão mais próximo do trabalhador. 

Garotinho levantou a cabeça do povo pobre de Campos, antes escravizado e oprimido pelos industriários da cana-de-açúcar. E se por um lado o poder dos grupos econômico da cidade agia para silenciá-lo no rádio, Garotinho conquistava o mais precioso bem que um comunicador pode ter em sua vida: audiência e credibilidade.

Desde o seu tempo de radialista, Garotinho escolheu estar ao lado das pessoas que mais precisam. E foi com essas pessoas que ele dividiu miséria, mas também esperança. 

Garotinho fez o povo romper com o modal servil de subserviência e humilhação. Fez o povo compreender que os seres humanos são iguais e que assim merecem ser tratados e respeitados. Garotinho foi a voz do povo em coro, clamando por direitos.

Com o ideal de mudar Campos, Garotinho foi eleito prefeito em 1988. Sendo escolhido o melhor prefeito do Brasil. Quem lhe deu este título não foram os empresários, os grupos econômicos. Foi o povo. Um título que teve ressonância em todo país. Em 1994, Garotinho foi candidato ao governo do Estado do Rio. Resistindo aos poderosos até o segundo turno. Em 1996, retornou à prefeitura de Campos. Em 1998, renunciou após o consentimento de mais de 90% dos eleitores da cidade, que apoiaram o seu projeto de ser candidato ao governo do estado. 

O povo de Campos tinha razão. Garotinho tinha que ser governador. E assim foi. Ao fim do seu mandato, com aprovação espetacular, Garotinho sai do governo para tentar ser presidente do Brasil. Teve 16 milhões de votos, foi o 3° colocado, enfrentando Lula e José Serra, este candidato da máquina do governo federal. Mas elegeu sua esposa, Rosinha Garotinho, no primeiro turno para o governo do RJ vencendo em todos os 92 municípios. 

De 2002 a 2010, Garotinho não foi mais candidato a nada. O ex-Governador voltou a sua profissão, apresentou programas de rádio e presidiu partidos políticos. Mesmo assim, em 2010, ele é eleito o Deputado Federal mais votado da história do Estado do Rio de Janeiro, com quase 700 mil votos. 

Como pode ter rejeição um político, que reverte de negativa para positiva a imagem de Campos como cidade; que conquista 16 milhões de pessoas no Brasil, que elege a esposa em primeiro turno para governar o segundo estado mais importante do país; e que até hoje é o deputado federal mais votado da nossa história?

A resposta é muito simples: Garotinho não tem o perfil dos grupos econômicos que transigem com os corruptos tradicionais da política. É só olhar, as tantas figuras simples da política no estado, que só chegaram ao poder porque Garotinho e Rosinha foram pra rua pedir votos para eles. Muitos o usaram, e depois se aliaram aos poderosos rejeitando Garotinho. É só olhar os grupos econômicos que se relacionaram com o governo Cabral-Pezão de 2007 pra cá. Em quanto foram favorecidos sob o pretexto da Copa e das Olimpíadas. 

As pessoas que rejeitam Garotinho são as mesmas que fingem não ver a miséria nas ruas; as que não sofrem com o mau atendimento nos hospitais. São as que andam em seus carros, com ar condicionado, ignorando os milhares de trabalhadores que se amontoam nos transporte coletivos. São os que moram em condomínios de luxo e que entendem que pobreza é uma doença que precisa ser combatida exterminando os pobres, e não transpondo as pessoas de classe.

Quem rejeita Garotinho é quem não admite gente humilde em shopping center. É quem muda de calçada quando depara com um negro na rua. É quem faz ânsia de vômito ao ver uma criança maltrapilha resfriada. É quem acha que empregados domésticos e subalternos devem andar em elevador de serviço.

Quem rejeita Garotinho são aqueles que não compreendem o alcance social de suas políticas. São aqueles que concordam que as mães que moram em favelas são fábricas de produzir marginais. 

Mas que rejeição é essa? Como pode alguém, que surge do nada, que desponta de uma cidade mal vista do interior para todo Brasil, ter uma rejeição tão imensa? O que justifica uma rejeição deste tamanho senão o interesse dos grupos econômicos de não ter alguém no poder defendendo os menos favorecidos?

Se esses magnatas, historicamente, foram capazes de escravizar da colonização ao império; foram capazes de conspirar na República; e capazes de matar na ditadura, você não acredita que eles sejam capazes de mentir, de forjar, de induzir a erro e, principalmente, de enganar?

Por isso voto Garotinho 22!!!

←  Anterior Proxima  → Página inicial

0 COMENTÁRIOS:

Postar um comentário